História
O American Staffordshire Terrier foi desenvolvido nos Estados Unidos da América e partilha a mesma ascendência com o Staffordshire Bull Terrier. As duas raças resultam do cruzamento do Bulldog antigo com os Terrier ingleses. Na origem do desenvolvimento destas raças, os ingleses procuravam combinar a tenacidade dos bulldogs antigos com a agilidade e energia dos terriers. O objetivo era tornar os cães cada vez mais aptos para enfrentar touros, desporto que consistia no combate entre cão e touro.
Mas depressa os apostadores se aperceberam da intolerância desta raça em relação a outros cães, da devoção ao dono e da força da sua mandíbula. Esta combinação lançou o American Staffordshire Terrier e o parente britânico para as arenas de lutas de cães, um local de onde teriam muita dificuldade em sair. As lutas não só seriam responsáveis pela morte de muitos exemplares, mas também deixariam marcas negativas profundas na opinião da sociedade sobre estes cães. Marcas essas que não conseguiram ser evitadas nem mesmo com a proibição da lutas na década de 30 do século XIX.
O American Staffordshire Terrier como raça, inicia o seu processo de autonomização quando os Norte-americanos começam preferir os cães mais altos e robustos para criação.
A proibição das lutas entre cães não teve as consequências desejadas, uma vez que se continuaram a realizar na clandestinidade. Foi preciso um século, para que o American Staffordshire Terrier surgisse pela primeira vez em exposições. Em 1936, o American Staffordshire Terrier foi reconhecido como uma raça autónoma do Staffordshire Bull Terrier.
Se por um lado a intolerância destes cães em relação a outros animais lhes valeu fama entre os entusiastas das lutas, por outro lado, a devoção cega ao dono e a dedicação à família fizeram dele um animal de estimação popular.
Temperamento
Independente, teimoso, mas seguro de si, o American Staffordshire Terrier exige um dono equilibrado e doce. É protecor da família, por quem tem uma grande estima e tenta a todo o custo agradar. Alegre, o American Staffordshire Terrier está sempre disposto a brincar.
O American Staffordshire Terrier gosta de ser o único cão da casa e pode reagir com violência perante outros cães. Aprecia a companhia do dono e não gosta de ser deixado sozinho. Apesar de ser resistente, o fato de ser muito dependente da sua família torna indispensável que seja um cão de interior. Necessita de uma boa dose de exercício.
São cães relativamente fáceis de treinar, sobretudo devido à sua ânsia em agradar ao dono, o que por vezes pode ser mal aproveitado pelos humanos.
Descrição
O American Staffordshire Terrier é um cão que deve transmitir força, mas também agilidade. Robusto, o amstaff, como também é conhecido, deve ter as pernas curtas e o tronco largo. As fêmeas têm entre 43 e 46 cm e os machos entre 46 e 48 cm. Os limites de peso são meramente indicativos, uma vez que o estalão da raça não prevê nenhum enquadramento face aos quilos do animal.
A cabeça e o pescoço devem ser largos e o peito é profundo. O é stop pronunciado, o nariz é preto e os olhos são escuros. As orelhas são preferencialmente não cortadas.
A cauda não deve ser cortada, sendo curta em relação ao tamanho do exemplar. Deve ser direita e a afunilar.
A pelagem deve ser rente, áspera, mas brilhante. Qualquer cor é admitida, mas desaconselham-se mais do que 80% branco, branco e amarelo ou cor de fígado.
Saúde e Higiene
A manutenção da pelagem não exige grandes esforços: uma escovagem ocasional serve mais para limpar a sujidade do que para pentear.
Algumas das doenças que mais frequentemente surgem associadas ao American Staffordshire Terrier são displasia e problemas cardíacos.