Algumas pessoas delegam a tarefa de passear com seus cachorros a um terceiro.
Claro que não se pode generalizar, mas os passeadores que tenho visto, especialmente aqueles que exercem a atividade informalmente – o famoso ‘bico’ – não possuem a menor vocação para o que se propõem a fazer.
Pior: você, dono, está pagando por isso.
A pessoa tem um cachorro de raça e larga na mão de um irresponsável qualquer, porque deve desconhecer a precariedade do serviço.
Esses passeadores aos quais me refiro, primeiramente, não dedicam atenção aos cães.
O negócio dessa gente é ficar o tempo todo no celular, como se não estivessem trabalhando.
Quanto aos cachorros, eles são os mais prejudicados.
Os supostos passeadores os arrastam de um lado para outro, o que definitivamente não é exercício e muito menos entretenimento.
Fezes são um tópico à parte. Não são recolhidas.
Hoje mesmo, quando estive na praça com minha cachorra, fiquei esperando o passeador recolher as fezes de um dos quatro cães que levava.
Passado um tempo, eu o alertei.
Ele recolheu. Mas fico pensando se realmente o faria caso eu tivesse feito vista grossa.
Então, a reflexão é a seguinte:
Você, que trata seu cachorro como um príncipe no apartamento, mas o deixa nas mãos de um despreparado: vale o esforço de levá-lo você mesmo.
Agora, se for relamente inviável, fiscalize o sujeito. Peça referências. Mande um amigo para observar.
São grandes as possibilidades de se decepcionar ou ficar indignado.
E você, que faz ou está pensando em fazer um bico como passeador, lembre-se de que cachorro não é boneco, é ser vivo. Em seguida, lembre-se de que se propôs a executar um trabalho e está sendo remunerado para isso.
Portanto, meu amigo, faça direito.
Nada de conversa fiada no celular. Comprometa-se com o melhor para os cães sob sua tutela.
Cachorro é responsabilidade. De ambos os lados.