História
O Chartreux descende muito provavelmente de gatos sírios. Foi exportado para França por volta do século XVIII, através das rotas marítimas mantidas com o Oriente.
O Chartreux conheceu grande popularidade e foi apelidado pelo filósofo francês Buffon de "O Gato da França".
A criação de Chartreux em França, começa por volta de 1930 quando as irmãs Léger se instalam em Belle-Ille-sur-Mer, uma ilha da Bretanha francesa, e a sua atenção se centra em alguns gatos locais de cor azul e olhos dourados.
O primeiro standart da raça foi publicado em 1939. Os Chartreux foram exemplares de belos olhos cobre, sem modificar a pelagem e a morfologia da raça. No fim da II Guerra Mundial, o Chartreux estava praticamente extinto e nos anos 60 e 70 alguns criadores praticaram cruzamentos sucessivos de Chartreux com British azuis. Esta prática tornou-se tão comum que em 1970 a FIFe (Federação Internacional Felinicultura) decidiu juntar as duas raças numa só. E, pouco a pouco, o Chartreux foi perdendo a sua autenticidade assemelhando-se cada vez mais ao British azul.
O Presidente do clube do gato Chartreux na altura, Jean Simonner, com o receio de ver perder a raça como estava descrita desde o século XVIII, conseguiu provar as características próprias desta antiga raça francesa. E em 1977, a FIFe separou de novo as duas raças e proibiu os cruzamentos entre elas. A partir daqui as duas raças aparecem claramente diferenciadas e os gatos do tipo intermédio foram progressivamente desaparecendo. O Chartreux tinha finalmente recuperado a sua imagem e posição no mundo da Felinicultura. Sendo uma raça francesa, é bastante protegida neste país.
Temperamento
Adoram brincar mas mantêm uma certa dose de independência em relação à sua família humana. São eles que "adoptam" o dono contudo, quando querem companhia, são capazes de o seguir por toda a casa e dormir aos pés da sua cama.
Aparência Geral
De acordo com o estalão desta raça, deve ser clara a distinção entre um Chartreux, Azul da Rússia e British Blue. É uma raça robusta, de tamanho médio a grande.
A cabeça é grande, larga e redonda, tendo a forma de um trapézio invertido. O perfil, ligeiramente concavo, termina no nariz recto e largo. O focinho é estreito, em comparação com o tamanho da cabeça, mas sem ser pontiagudo. As bochechas, bastante descidas, sobressaem à vista sobretudo nos machos adultos.
As orelhas são de tamanho mediano. Os olhos, também grandes, são bem abertos e muito expressivos, de forma redonda e moderadamente separados entre si. A sua cor é alanranjada ou cobre vivo, sem dinais de verde nem tons pálidos - a cor deve ser ouro.
O corpo é sólido, firme, musculado e bem proporcionado. O peito bem desenvolvido contribui para a sua solidez. O Chartreux. especialmente os machos, devem aparentar ser sólidos em relação ao seu tamanho.
A cauda é de comprimento médio, afunilando ligeiramente na extremidade e apresenta-se da mesma cor que o corpo.
As patas médias, estão em proporção com o corpo: direitas, robustas e musculosas.
O pêlo é lustroso, denso e não acamado. Tem um sub-pêlo espesso, o que lhe confere uma textura ligeiramente lanosa, como a de uma lontra. São permitidas todas as cores: azul; mas a preferência vai para o azul cinza claro, preferível aos tons mais escuros. O tom do pêlo tem de ser uniforme e não deve haver nenhuma diferença de cor no sub-pêlo.