História
Embora as suas origens sejam um mistério, encontram-se cães semelhantes aos Basenji nos túmulos dos faraós da Quarta Dinastia. A forma como ele aí está representado sugere sabedoria interior e antiguidade. “Basenji” é uma palavra africana que designa “coisa do mato” e também é conhecido como Zande Dog, Cão do Congo Belga, Cão do Mato do Congo, Bongo Terrier, Congo Terrier e Nyam Nyam Terrier.
Deste modo, os exemplares actuais descendem portanto de cães provenientes do Zaire da década de 1930. Usado como cão de caça na sua terra natal, o Basenji é famoso por não ladrar, emitindo antes uma espécie de falsete, ao jeito das canções tirolesas. Os exploradores europeus descobriram a raça em meados do século XIX, no Congo e no sul do Sudão, e os primeiros Basenji chegaram à Grã-Bretanha em 1895. infelizmente sucumbiram à esgana antes que se tentasse qualquer programa de criação e posteriores importações datadas dos anos 20 e 30 também pereceram. Em 1941, dois cachorros da raça foram importados para Massachusetts e sobreviveram, começando aí a expansão da raça em termos internacionais.
Temperamento
Inteligente, independente mas muito afetuoso, brincalhão, de natureza alegre e sempre alerta. É dócil com os humanos mas desconfiado com estranhos.
Descrição
O Basenji é um cão de caça vindo de África, sendo por isso um cão de clima quente , não devendo ser criado em regiões com climas frios e húmidos. Tem como características principais ser um cão pequeno, com a garupa curta, constituição leve, parecendo muito alto de pernas relativamente ao seu comprimento. A cabeça enrugada é graciosamente continuada por uma garganta bem arqueada, a cauda está disposta de modo ascendente e ondula sobre o dorso. Elegante e gracioso, o conjunto transmite uma imagem de equilíbrio e de vigilante atento. A estrutura equilibrada e a musculatura bem proporcionada permitem-no mover-se fácil e agilmente. Esta raça caça pela visão e olfato.
Assim, a testa enrugada, a cauda firmemente ondulada e a passada veloz e sem grande esforço (que se assemelha ao trote de um cavalo de corrida) são típicas marcas distintivas da raça. A cabeça está disposta graciosamente sobre o corpo. Os olhos são de cor avelã escura ao castanho escuro, amendoados, dispostos obliquamente, as pupilas são igualmente escuras.
As orelhas são pequenas, eretas, pontiagudas, ligeiramente cobertas por uma textura fina e dispostas para a frente da cabeça. O crânio é liso, bem esculpido e de largura média, afilando-se no sentido dos olhos. A testa afunila-se no sentido do olho para o focinho com um stop perceptível. O focinho é mais curto que o crânio mas não é nem grosseiro, nem demasiado afunilado. Os enrugamentos aparecem na testa quando as orelhas estão eretas. Os enrugamentos laterais são desejáveis, mas nunca devem ser exagerados na barbela. Estas rugas são mais visíveis nos filhotes. O nariz deve ser sempre preto. Os dentes são alinhados uniformemente com uma mordida em tesoura.
Os maxilares compridos são típicos dos exemplares mais antigos. A garganta tem um comprimento adequado e está bem colocada, ligeiramente mais ampla na base; está igualmente bem ajustada aos ombros. O corpo é equilibrado com uma garupa curta, unida repentinamente com uma cintura bem definida. O peito tem uma largura média. A cauda está a uma elevação adequada e dobra para a frente encontrando-se ondulada sobre qualquer um dos lados do dorso, com uma curvatura única ou dupla.
Relativamente aos quartos dianteiros, os ombros têm uma postura ligeiramente para trás. A omoplata e o braço têm um comprimento aproximadamente igual. Os cotovelos estão firmemente dobrados contra o peito. As patas são direitas com ossos finos, antebraços grandes e músculos bem definidos. As quartelas têm um bom comprimento, são fortes e flexíveis. Os pés são pequenos e ovais com almofadas grossas e dedos bem arredondados.
O pezunho é normalmente removido. Relativamente aos quartos traseiros têm uma largura média, são fortes e musculados; o jarrete é bem constituído. Os pés são pequenos e ovais com almofadas grossas e dedos bem arredondados.
Tipo de Pêlo
Muito curto, lustroso e muito fino. A pele é muito maleável. As cores podem ser várias: preta, vermelho acastanhado, cor de fogo, tricolor (preto, vermelho e castanho), ou ás manchas (normalmente manchas pretas num fundo vermelho acastanhado); todos devem ter branco no peito, pés e ponta da cauda; manchas, colar e patas brancas são opcionais.
De qualquer modo a quantidade de branco nunca deve exceder a quantidade da cor base do cão. as marcas de diferentes cores devem estar claramente circunscritas com uma linha de demarcação nítida entre as diferentes cores. A cor da pelagem fornece-lhe uma camuflagem perfeita; as manchas brancas no pêlo e um fino revestimento nas orelhas e corpo ajudam-no a tolerar bastante melhor o calor.
Observações
Ter um Basenji requer um grande compromisso de tempo, esforço e compreensão, mas darão um excelente companheiro. Estas características devem-se essencialmente ao fato de em cachorros poderem ser destruidores se ficarem sem vigilância.
Por não ladrar não constituem um bom cão de guarda.
Adoram vegetais, pelo que se deve incluí-los na sua dieta.
As cadelas têm o cio apenas uma vez por ano, à semelhança dos lobos.
A sua pelagem curta não necessita de muita escovagem até porque o Basenji possuem muitas características similares aos gatos, senão vejamos o fato de ele se lavar como um gato e não tem cheiro a cão, assim esfregá-lo com uma luva de sabujo é o suficiente.